quinta-feira, 18 de agosto de 2011 | By: Gabriela Ariza

As vezes penso se estou pronta pra escrever sobre tudo. Sobre você, sobre mim, sobre o que não foi, o que eu achei que seria. É tudo tão nostálgico que seja a ser entediante. Todas as histórias são iguais não é? Um começo inacreditável, um meio maravilhoso, um final chocante e enfim, o FIM. Alguns decidem voltar ao ciclo vicioso e outros decidem apenas não fazer nada. O certo é que na maioria das vezes o FIM fica se o ponto final.

quarta-feira, 20 de abril de 2011 | By: Gabriela Ariza
Eu sonhei que estava desaparecendo.
Quanto mais eu corria contra o vento,
Mais pedaços de mim sumiam com ele.
Quando acordei, o sonho ainda parecia tão real
Mas, eu estava inteira, físicamente.
Eu estive por tanto tempo mantendo uma distância confortável de tudo o que não fizesse parte do meu mundo.
O meu mundo que eu construi com tantas ilusões, sonhos, pavores, certezas.
O meu mundo que caiu tantas e tantas vezes e eu fiz questão de reconstruí-lo exatamente como era.
A fragilidade dos meus muros deixou as chuvas mais fracas me atingirem,
E agora eu decidi deixa-los em ruínas, junto com todo o resto
Talvez exista algo melhor la fora
Talvez isso seja fraqueza
Mas, tentar esquecer coisas ruins também é ter boa memória.






quarta-feira, 30 de março de 2011 | By: Gabriela Ariza
Dizem que a sempre um luz no fim do túnel, embora o mais comum seja existir uma escuridão ao final de um caminho de luz. E é aí que está o perigo. Nada brilha tanto ao ponto de ser inacreditável.  Acreditamos no inacreditável e relacionamos luz com segurança.
A luz forte cega. Vicia.
Porque quando no seu caminho há quilômetros de escuridão, você procura a luz. Recorre a ela a todo o momento pra sentir esse conforto, segurança.
Pena que ela não existe. Depois de um tempo você percebe que toda luz que você via era na verdade reflexos, reflexos que acabam. E aí você está de cara com a escuridão, fecha os olhos e tenta se refugiar nos últimos raios de luz que está na sua memória.
Não procure uma nova luz. Faça a sua brilhar, e deixe que descubram sozinhos se ela é real.


sábado, 5 de março de 2011 | By: Gabriela Ariza

O que são confissões?


Segundo o dicionário: confessar- declarar; revelar; declarar pecados ao confessor; ouvir confissão; reconhecer-se.
Confissões são folhas de papel amassadas dentro da sua cabeça, pedaços de pensamentos e desejos soltos que você não encontra uma estante vazia para guardá-los.
Às vezes são mensagens que você precisa costurar as linhas com as entrelinhas para entender totalmente, ou é algo que você já entende mais por qualquer motivo não aceita.
Confissões é tudo o que nos leva a procurar respostas, encontrar respostas, saber as respostas e não querer ESSAS respostas.
Essas respostas que viram segredos e te sufocam até você decidir revelá-los, confessá-los.
E quando revelados esses papéis, mensagens, desejos, segredos, você encontra a estante perfeita para guardá-los.
No lugar certo eles viram parte de quem somos.
 No fim confissões nos forçam a reconhecer alguém que tenha se perdido com o tempo, e que o tempo nos fez esquecer como ele é - o nosso verdadeiro “eu”.


quinta-feira, 3 de março de 2011 | By: Gabriela Ariza
Ontem eu tinha tantas coisas que não me contaram. Agora eu estou começando a aprender, eu sinto que estou crescendo.
O tempo desabota as páginas no meu livro de memórias. Preces em meus bolso, e sem impedidir o destino eu vou me manter mudada, sem tempo para fixar meus pés
Ontem havia tantas coisas que nunca me mostraram , de repente eu percebo que estou nas ruas e completamente sozinha.


Yesterday's - Guns n' roses
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011 | By: Gabriela Ariza


Quando se está perdida na selva leva algum tempo até perceber que está realmente perdida. Por muito tempo você chega a pensar que só se afastou alguns metros da trilha e só precisa que alguem sinta sua falta e vá te procurar. Aí o tempo passa, a noite cai e você continua ali, sozinha e percebe que ninguém virá te buscar, você ficou tanto tempo perdido que sua falta não é mais notada e alguém ocupou seu lugar. Talvez isso seja bom pra sua ausencia não chegar a atrapalhar mais alguém que está na trilha. Mas, por outro lado você está sozinha, no frio, na escuridão e não sabe quanto tempo vai ficar lá, não sabe se um dia vai sair de lá. Na verdade você sabe que não vai ficar ali pra sempre, que uma hora vai achar o caminho de volta. Mais a noite, a solidão te desespera tanto que tudo parece ser tão eterno, tão familiar, como se sempre estivesse ali. Enquanto se afastava você chegou a reconhecer o perigo de se perder, mais sabia que tinha de fazer isso se quisesse 'viveciar' a floresta. E ali está você, sozinha de novo, na tal selva que fica mais escura a cada segundo procurando a direção em que o sol nasce.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 | By: Gabriela Ariza
Ja esteve em algum lugar e pensou: 'eu tenho que voltar aqui algum dia'  ? 
hahahaha irônico não? Você não percebe que já está lá. Como meros humanóides somos quase que 'programados' para viver presos a preocupações obcessivas do passado ou anciosos com um futuro incerto. A verdade é que quase nunca vivemos o presente, nossa mente está sempre preocupada no que vai fazer, no que pode acontecer, ou no que teria acontecido se..., e se eu tivesse feito ..., como eu estaria agora? pq estou vivendo isso e como eu vou mudar? O presente nos assusta e está sempre longe de nós. Talvez seja porque nós nunca estamos satisfeitos com o que somos agora, ou temos medo de sentir momentos de dor, angústia e assim acabamos por não viver nem o presente, nem o futuro. A vida passa tão rápido diante de nossos olhos e só conseguimos pensar no que nos aguarda após a morte.