As vezes penso se estou pronta pra escrever sobre tudo. Sobre você, sobre mim, sobre o que não foi, o que eu achei que seria. É tudo tão nostálgico que seja a ser entediante. Todas as histórias são iguais não é? Um começo inacreditável, um meio maravilhoso, um final chocante e enfim, o FIM. Alguns decidem voltar ao ciclo vicioso e outros decidem apenas não fazer nada. O certo é que na maioria das vezes o FIM fica se o ponto final.
Garden of Confessions
o oposto de mim
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O tempo desbota as páginas no meu livro de memórias. Preces em meus bolsos e sem conter o destino, eu prometo me manter mudada . Sem tempo para fixar meus pés.(Yesterdays)
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Eu sonhei que estava desaparecendo.
Quanto mais eu corria contra o vento,
Mais pedaços de mim sumiam com ele.
Quando acordei, o sonho ainda parecia tão real
Mas, eu estava inteira, físicamente.
Eu estive por tanto tempo mantendo uma distância confortável de tudo o que não fizesse parte do meu mundo.
O meu mundo que eu construi com tantas ilusões, sonhos, pavores, certezas.
O meu mundo que caiu tantas e tantas vezes e eu fiz questão de reconstruí-lo exatamente como era.
A fragilidade dos meus muros deixou as chuvas mais fracas me atingirem,
E agora eu decidi deixa-los em ruínas, junto com todo o resto
Talvez exista algo melhor la fora
Talvez isso seja fraqueza
Mas, tentar esquecer coisas ruins também é ter boa memória.
Quanto mais eu corria contra o vento,
Mais pedaços de mim sumiam com ele.
Quando acordei, o sonho ainda parecia tão real
Mas, eu estava inteira, físicamente.
Eu estive por tanto tempo mantendo uma distância confortável de tudo o que não fizesse parte do meu mundo.
O meu mundo que eu construi com tantas ilusões, sonhos, pavores, certezas.
O meu mundo que caiu tantas e tantas vezes e eu fiz questão de reconstruí-lo exatamente como era.
A fragilidade dos meus muros deixou as chuvas mais fracas me atingirem,
E agora eu decidi deixa-los em ruínas, junto com todo o resto
Talvez exista algo melhor la fora
Talvez isso seja fraqueza
Mas, tentar esquecer coisas ruins também é ter boa memória.
Dizem que a sempre um luz no fim do túnel, embora o mais comum seja existir uma escuridão ao final de um caminho de luz. E é aí que está o perigo. Nada brilha tanto ao ponto de ser inacreditável. Acreditamos no inacreditável e relacionamos luz com segurança.
A luz forte cega. Vicia.
Porque quando no seu caminho há quilômetros de escuridão, você procura a luz. Recorre a ela a todo o momento pra sentir esse conforto, segurança.
Pena que ela não existe. Depois de um tempo você percebe que toda luz que você via era na verdade reflexos, reflexos que acabam. E aí você está de cara com a escuridão, fecha os olhos e tenta se refugiar nos últimos raios de luz que está na sua memória.
Não procure uma nova luz. Faça a sua brilhar, e deixe que descubram sozinhos se ela é real.
O que são confissões?
Segundo o dicionário: confessar- declarar; revelar; declarar pecados ao confessor; ouvir confissão; reconhecer-se.
Confissões são folhas de papel amassadas dentro da sua cabeça, pedaços de pensamentos e desejos soltos que você não encontra uma estante vazia para guardá-los.
Às vezes são mensagens que você precisa costurar as linhas com as entrelinhas para entender totalmente, ou é algo que você já entende mais por qualquer motivo não aceita.
Confissões é tudo o que nos leva a procurar respostas, encontrar respostas, saber as respostas e não querer ESSAS respostas.
Essas respostas que viram segredos e te sufocam até você decidir revelá-los, confessá-los.
E quando revelados esses papéis, mensagens, desejos, segredos, você encontra a estante perfeita para guardá-los.
No lugar certo eles viram parte de quem somos.
No fim confissões nos forçam a reconhecer alguém que tenha se perdido com o tempo, e que o tempo nos fez esquecer como ele é - o nosso verdadeiro “eu”.
Ontem eu tinha tantas coisas que não me contaram. Agora eu estou começando a aprender, eu sinto que estou crescendo.
O tempo desabota as páginas no meu livro de memórias. Preces em meus bolso, e sem impedidir o destino eu vou me manter mudada, sem tempo para fixar meus pés. Ontem havia tantas coisas que nunca me mostraram , de repente eu percebo que estou nas ruas e completamente sozinha.
Ja esteve em algum lugar e pensou: 'eu tenho que voltar aqui algum dia' ?
hahahaha irônico não? Você não percebe que já está lá. Como meros humanóides somos quase que 'programados' para viver presos a preocupações obcessivas do passado ou anciosos com um futuro incerto. A verdade é que quase nunca vivemos o presente, nossa mente está sempre preocupada no que vai fazer, no que pode acontecer, ou no que teria acontecido se..., e se eu tivesse feito ..., como eu estaria agora? pq estou vivendo isso e como eu vou mudar? O presente nos assusta e está sempre longe de nós. Talvez seja porque nós nunca estamos satisfeitos com o que somos agora, ou temos medo de sentir momentos de dor, angústia e assim acabamos por não viver nem o presente, nem o futuro. A vida passa tão rápido diante de nossos olhos e só conseguimos pensar no que nos aguarda após a morte.
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