sexta-feira, 20 de agosto de 2010 | By: Gabriela Ariza

Um outro EU

Pessoas passam, amor passa, tristeza passa e quanto mais tempo passa mais coisas mudam. As vezes olho pra trás e vejo um outro alguém, o oposto de mim, um alguém que agia por pressão, que tinha o maior amor do mundo, que tentava se encontrar mais sempre procurava do lado oposto. Alguém tão diferente e tão igual a mim. Ja pensei que sofreria pra sempre, amaria pra sempre, ja jurei nunca deixar alguém, ja achei que uma pessoa seria capaz de me fazer feliz pro resto da vida, acreditei que um cabelo ou uma roupa me traria amigos, ja quis morrer, ja quis mudar e mudei. Mundanças lentas, quase imperceptíveis. Descobri que 'para sempre' é tempo demais. Aprendi que o amor é coisa da nossa cabeça e o tempo faz você esquecer como qualquer outra coisa. Aprendi que pessoas são temporárias e que existem algumas como dárumas ( boneca com buraco no peito) incapázes de amar, de sentir, mais ainda capazes de sofrer. Decidi não agradar ninguém, ou melhor me esforçar pra agradar somente a Deus porque ele é o único que nunca será um passado pra mim. E do pior jeito descobri que o mundo está inundado de egoísmo e falsidade. Que não se deve ligar pra quiem liga pro que você é por fora.  Mais acima de tudo descobri o melhor remédio pra dor, saudade, amor, ódio, medo, O TEMPO. Certezas não existem, dores são inevitáveis, duvidas frequentes e essa metamorfose sempre está dentro de nós.